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Foto do escritorRony de Freitas

Colaboração: uma maneira estratégica de desenvolver projetos escaláveis.



"Não importa se apenas o primeiro verso da canção é tocado, a gente escreve o resto sem muita pressa, mas com muita precisão."

É com essa colaboração entre Humberto Gessinger e Augustinho Moacir Licks que inicio esta discussão sobre a importância da colaboração.

Um fato curioso é que, por mais irônico que pareça, a letra da música "Exército de um homem só" foi criada através de uma colaboração, e esta estrofe possui referências a colaborações.

É muito tentador tomar decisões sozinho. Muitas vezes, acreditamos que é a decisão mais sensata dentro de todas as possibilidades, sem perceber que, por falta da visão de outros, podemos estar ignorando problemas importantes.

Infelizmente, é muito comum encontrar decisões tomadas dessa forma, mesmo estando em um trabalho em grupo. No entanto, a colaboração é a chave para a inovação e para a resolução de problemas complexos. Trabalhando juntos, podemos ter uma visão mais ampla e completa das possibilidades e dos desafios que enfrentamos.


A colaboração

"As melhores - e mais úteis - ideias e teorias não são criadas por uma única pessoa, mas são o resultado de várias pessoas trabalhando juntas por um longo período de tempo." - Alan Klement

Incentivar a colaboração potencializa uma ideia, que pode ou não ter nascido de uma única pessoa.

Hoje em dia, é comum ver a colaboração em muitos campos, em músicas, em livros, em filmes, em objetos e até mesmo em roupas. Artistas musicais colaboram desde muito tempo. Raul Seixas, considerado por muitos como o pai do rock nacional, teve seus maiores sucessos como frutos de colaboração.

Por outro lado, nas empresas, a colaboração ainda é um desafio, e um dos principais impasses é a competição. Perfis que valorizam o ganho e o reconhecimento individual devem ser ensinados a enxergar os ganhos em comum. É importante deixar claro que haverá momentos individuais, mas o resultado do trabalho beneficiará outros. Nesses momentos, todos brilharão juntos.

A colaboração deve ser fortemente incentivada não apenas em grupos de elementos similares, mas principalmente em grupos de elementos distintos. E como fazer isso? Confira no tópico abaixo.


Buscando os colaboradores ideais (pessoas- chave para cada colaboração)

Uma das maiores dificuldades ao criar grupos de colaboração é descobrir quem pode e deve colaborar. Nem sempre todas as pessoas que você deseja colaborar estarão disponíveis ou interessadas nisso.

É ideal que o grupo de colaboradores seja o mais diverso possível. Com essa diversidade, aumenta-se a probabilidade de enxergar soluções mais próximas da realidade (sem considerar apenas a perspectiva do usuário primário).

Quando possível, o grupo deve ser efêmero, ou seja, formar grupos que não sejam fixos pode nos dar a oportunidade de disseminar a cultura de colaboração, além de sempre ver as coisas sob a ótica de outras pessoas que ainda não interagiram.


Como a colaboração fez a diferença nos produtos da Polibras Software?

Desde que me integrei à equipe como UX Designer da Polibras Software, percebi como as decisões eram tomadas e comecei a buscar abordagens colaborativas para solucionar os principais problemas.

Um bom exemplo disso foi quando precisamos definir quais componentes deveriam ser priorizados para implementação/melhoria dos produtos. Dando início, fiz o convite para pessoas estratégicas com habilidades e competências que poderiam colaborar com a atividade a ser feita, para realizarmos um momento de construção.

Para isso, realizamos uma atividade com uma matriz de impacto/esforço, na qual todos os envolvidos puderam votar em qual componente acreditavam ser mais importante para ser desenvolvido, com base no impacto e esforço necessários. Com base nesses dados, conseguimos definir quais componentes deveriam ser priorizados para a produção.


Matriz impacto/esforço para elementos de textos
Matriz de impacto/esforço preenchida para os elementos de textos.

Gráfico em formato de retângulo, na cor cinza com o título destacado em preto escrito “Elementos de Textos”. Em seu interior, encontra-se uma matriz com um fundo branco e duas setas no formato linha, centralizadas e cruzadas. A primeira delas está na horizontal, representando o “esforço”, na extremidade esquerda contém o texto escrito “baixo esforço”, na cor preta e na extremidade direita contém o texto escrito “alto esforço”, também na cor preta. A outra seta, na vertical, representa o “impacto”, na extremidade superior contém o texto escrito “alto impacto”, na cor preta, na extremidade inferior contém o texto escrito “baixo impacto”, também na cor preta. Dispostos aleatoriamente, quase que centralizados, temos 6 círculos amarelos, cada círculo representa um voto de uma pessoa.


Esta colaboração traz diversos benefícios para a equipe e para a empresa, como: a possibilidade de obter soluções mais diversas e adequadas ao mundo real, a oportunidade de disseminar uma cultura de colaboração e a chance de ver as coisas sob a ótica de outra pessoa.

Além disso, ao trabalhar de forma colaborativa, cada membro da equipe tem a oportunidade de aprender com os outros e contribuir com seus conhecimentos e habilidades únicas, o que enriquece o processo criativo e o resultado final.

Um outro bom exemplo de colaboração foi a identificação de atores internos que poderiam ser acionados quando necessário para definir soluções dentro de sua área de atuação.

Por exemplo, anteriormente, os textos dentro das aplicações eram definidos pelo desenvolvedor que os criava, sem haver um estudo sobre como os usuários dos produtos se comunicavam. Como resultado, tínhamos uma linguagem diversa, sem padrões.

Para solucionar esse problema, iniciamos uma colaboração com o time de Marketing, que já havia definido um guia de linguagem e conhecia bem o perfil dos usuários. Desde então, abriu-se uma nova colaboração entre os times.

Em resumo, são muitos os benefícios adquiridos em projetos colaborativos. E você? Vem atuando de maneira colaborativa em seu dia a dia?


In memoriam: Saulo Vinicius de Oliveira Noronha, que sempre me chamava para suas colabs malucas de eletrônica e outras gambiarras mecânicas.


Este artigo foi escrito para o projeto Fala aí, Polibras, empresa em que estou atuando como UX-UI Designer.

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